sexta-feira, 20 de maio de 2011

Não era uma vez, é agora, é real!

Uma menina que carecia de amor, que vivia em um ambiente onde o materialismo era muito mais destacado que os verdadeiros valores que uma criança precisa aprender. O olhar dela pedia, implorando aos seus pais, nem que fosse por pirraça, que dessem mais carinho atenção e cuidados. Aquela criança não queria ser comprada por doces e afins que agradam os pequenos. Por mais que ela soubesse do que necessitava, seus pais, para poupar qualquer tipo de esforço para garantir sua formação, davam-lhe qualquer coisa que pudesse calar um choro, uma reclamação ou até mesmo uma tentativa de chamar a atenção. Pobre criança que com o passar do tempo foi observando alguns bons exemplos na família e percebendo que o que ela queria (mas não conseguia) era aquilo tudo. Tudo que até mesmo inconscientemente pedia aos seus genitores. Criança, inocente, até certo ponto ela ainda mantinha essa pureza. O tempo passou, a menina cresceu, e tão desesperadamente ela percebia que não dava para voltar ao passado, que sua personalidade impulsiva e agressiva era consequencia de tudo que não viveu graças a displicência de seus pais. Sua formação base não foi suficiente para a mesma superar alguns traumas. Ela se tornou uma adolescente fora de controle, despejando toda sua revolta em si mesma, se destruindo  e culpando tudo e todos pela sua indignação com a vida. Fizeram parte de sua rotina as bebedeiras, as futilidades, as conversas vazias... Como resgatar aquela inocência? Era tarde... Como recuperar o irrecuperável? Ela não teve estrutura! De quem era a culpa?

 Parte ficção, parte realidade essa história, mostra que a questão da educação e formação das crianças é algo que me preocupa. Um amigo diz que quem pretende ter filho hoje em dia é otimista, e sabe que eu concordo? É tão difícil criar e estabelecer valores corretos para uma criança hoje. Tem que perseverar, mas infelizmente muitos pais e mães têm um comodismo que não cabe nem de longe na minha cabeça. Às vezes penso que é preguiça, que como muitos ignorantes dizem ''o mundo que cria'', também acho que muitos não nasceram para serem pais. Não é em vão que tantos abandonam seus filhos sem piedade e outros têm o coração tão bom e aberto que os adotam e sentem um amor fraterno tão grande que não cabe no peito, e que não tem explicação. Exagero meu? Pode parecer, mas analise a situação atual do mundo, pense em tudo que está acontecendo. A nossa base é nossa casa, nossa família, construímos tudo a partir de tais. Precisamos de mais estruturas!

1 comentários:

Anna Catharina disse...

Realmente, temos que REBOLAR pra criar um filho hj... ensinar valores é uma prioridade que deve ser levada com afinco e responsabilidade. Eles são necessários, e os limites também. Espero estar fazendo um bom trabalho com o meu :)

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